Cartões de crédito
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O que precisas de saber sobre o código de segurança do teu cartão

O código de segurança do cartão, o CVV, tem muito que se lhe diga. Atrevemo-nos a assumir que a maioria dos titulares de cartões de crédito está a par da funcionalidade de segurança do bastante conhecido código de três (às vezes quatro) dígitos. Mas, para além de abordarmos as funcionalidades de segurança óbvias deste código, queremos realçar outros aspetos que são de extrema importância.

Duline Theogene, Author
Duline Theogeneop
código de segurança do seu cartão

O que precisas de saber sobre o código de segurança do teu cartão

O código de segurança do cartão, o CVV, tem muito que se lhe diga. Atrevemo-nos a assumir que a maioria dos titulares de cartões de crédito está a par da funcionalidade de segurança do bastante conhecido código de três (às vezes quatro) dígitos.

Mas, para além de abordarmos as funcionalidades de segurança óbvias deste código, queremos realçar outros aspetos que são de extrema importância.

Por exemplo, sabias que este pequeno código inspirou o desenvolvimento de uma tecnologia avançada chamada “CVV Dinâmico”, da qual falaremos mais à frente neste texto.

Neste artigo, vamos abordar os seguintes tópicos relativamente ao código de segurança do cartão:

  1. Conceitos básicos

  2. Diferentes nomes e tipos

  3. O que é um TPA

  4. CVV Dinâmico

  5. Dicas para a proteção de dados do cartão

Continua a ler!

O que significa CVV?

O código CVV, também conhecido como CVV2, significa “Card Verification Value”, ou código de segurança de um cartão de crédito. 

Esta é uma medida de segurança básica que as instituições financeiras utilizam para ajudar os titulares de cartões de crédito a confirmar transações online ou por telefone, apesar de prevermos que este último caia brevemente em desuso à medida que cada vez mais pessoas aderem a alternativas digitais para efetuar compras.

O que querem dizer com “medida de segurança básica”?

Com este código, as empresas têm algum tipo de garantia de que a pessoa que está a efetuar a transação é o verdadeiro utilizador.

No entanto, é necessário mantê-lo em segredo, pois pode levar ao roubo de identidade e a outro tipo de fraudes.

Variantes de Nomes do Código

Cada instituição financeira dá um nome diferente ao código de segurança do cartão.

Aqui estão alguns exemplos:

  • Código de Verificação do Cartão (CVV) - Visa

  • Código de Validação do Cartão (CVC) - Mastercard

  • Número de Identificação do Cartão (CID) - American Express (código de quatro dígitos na parte da frente do cartão)

  • Código de Segurança do Cartão (CSC) - alguns cartões de débito (não alemães)

Tipos de códigos CVV

Qual o cartão de crédito que tem um código CVV de três dígitos?

Tal como foi mencionado acima, a Mastercard e a Visa utilizam o código de segurança de três dígitos, mas como descobrir o código de segurança do cartão de crédito? Em ambos os casos, os códigos estão localizados na parte de trás do cartão. Assim, para encontrar o código de segurança do cartão Visa, basta verificar a parte de trás do teu cartão.

Até agora, é bastante simples.

Agora, vamos mencionar os dois tipos de variantes de código CVV e o que cada uma implica.

CVV1 vs. CVV2: Como funcionam os códigos CVV

O CVV1, ou CVV Tipo 1, corresponde aos quatro últimos dígitos da numeração principal na parte da frente do cartão. É utilizado para transações onde o cartão está fisicamente presente.

Este código é encriptado na segunda faixa da banda magnética do cartão de crédito e o valor do código é obtido no momento em que o cartão é passado no terminal do ponto de venda TPA (Terminal de Pagamento Automático).

Esta informação é enviada para o banco que, numa questão de segundos, autoriza a compra.

Existe um risco maior de fraude com o CVV1?

Resumidamente, sim.

Se alguém duplicar a banda magnética do cartão, o CVV1 continuará ativo, permitindo que sejam efetuadas compras não autorizadas por pessoas mal-intencionadas.

O CVV2, ou CVV Tipo 2, é simplesmente um nome mais sofisticado para CVV.

Este código de segurança do cartão permite-te completar transações quando o teu cartão não está fisicamente presente.

Por outras palavras, permite-te validar compras efetuadas pela Internet ou por telefone.

Antigamente, dar este número de segurança era bastante comum para compras de bilhetes de avião, reservas de hotel ou para as televendas.

Atualmente, é mais provável que o utilizes ao comprar produtos em plataformas de comércio eletrónico, ao subscrever licenças de software e em plataformas de streaming.

💡IMPORTANTE! Tem em atenção que este código nem sempre será solicitado. Irá depender de vários aspetos, tais como o tipo de negócio e as leis que regulam as transações financeiras do país.

Como saber o código de segurança do cartão de débito?

Se estiveres a pensar “o meu cartão não tem CVV”, fica a saber que os cartões de débito também têm código de segurança.

Os cartões mudam de design ou até de formado de um banco para o outro, mas a informação que tem de estar presente é a mesma em todos os cartões.

Por norma, os cartões de débito e de crédito apresentam a informação desta forma:

Parte da frente

  • Nome do titular do cartão

  • Número do cartão

  • Data de validade do cartão

  • Chip

  • Símbolo de contactless

  • Logótipo da instituição financeira (Visa ou Mastercard)

  • Informação se é um cartão de débito ou de crédito

Parte de trás

  • O número de telefone de emergência do teu banco

  • Campo de assinatura

  • Holograma de segurança

  • Logótipos do banco e da rede Multibanco

  • Banda magnética

TPA, o que é e como funciona?

O TPA, ou Terminal de Pagamento Automático, é um dispositivo que aceita pagamentos eletrónicos com cartões bancários.

O TPA recolhe a informação sobre a compra que estás prestes a efetuar e solicita uma autenticação ao portador do cartão através de um PIN secreto ou da assinatura por parte do titular. De seguida, é impresso um talão comprovativo com os dados da compra efetuada. 

Ao comerciante é cobrada uma pequena taxa por cada transação efetuada com os TPA.

Este não é o único método para efetivar a compra. A tecnologia contactless veio permitir que compras até um determinado valor não obriguem à introdução de um PIN, bastando apenas aproximar o cartão dos TPA que suportam este sistema. Para além dos cartões, hoje em dia existem vários dispositivos que permitem o pagamento contactless, como os telemóveis, relógios ou até pulseiras.

Estas transações decorrem em segundos e têm imensas vantagens:

  • Maior facilidade para o cliente em efetuar pagamentos

  • Maior segurança para o comerciante, pois tem menos dinheiro em caixa

  • Menor possibilidade de fraude nos pagamentos, evitando situações de cheques com assinaturas falsas ou sem cobertura

  • Mais simples e inovador, indo ao encontro dos novos hábitos de consumo e de pagamento

Terminais TPA em Portugal

De acordo com a Statista, cerca de 355.000 terminais de pagamento automático, ou TPA, terão sido instalados em Portugal até ao final de 2020.  

Este número é superior ao do ano anterior, quando o país tinha, aproximadamente, 329.000 dispositivos TPA.

A COVID-19 desempenhou um papel fundamental neste aumento significativo, pois o governo aprovou um Decreto-Lei a 26 de março de 2020 que estabeleceu um regime excecional e temporário que se resumiu, essencialmente, em duas importantes medidas: foi suspensa a cobrança das comissões nas operações efetuadas nos TPA; e foi proibido, temporariamente, o limite mínimo para aceitação de cartões como método de pagamento.

Em 2019, o pagamento em numerário ainda representava 37% dos pagamentos no retalho nacional, mas, segundo o último relatório REDUNIQ Insights, os pagamentos contactless no final do primeiro trimestre de 2021 representavam cerca de 42%.

Na sequência da pandemia de COVID-19, a procura por pagamentos contactless aumentou significativamente. Como resultado, a maioria dos comerciantes portugueses optou por se adaptar aos pagamentos eletrónicos.

Este facto posicionou, sem dúvida, Portugal como um dos países da União Europeia com o sistema de pagamentos mais avançado no setor retalhista, facilitando aos consumidores o pagamento em terminais TPA, utilizando os seus cartões de crédito e de débito.

O CVV Dinâmico

Muitos bancos locais estão a fazer uma transição gradual para bancos online.

Esta transição permite-lhes oferecer cartões virtuais, para além dos tradicionais cartões físicos. Estes podem ser geridos através das suas aplicações móveis.

A beleza destes cartões virtuais é que os clientes podem utilizá-los imediatamente, sem terem de esperar que os cartões físicos cheguem por correio. 

Alguns bancos também oferecem CVV dinâmico ou números PIN como um benefício adicional, ao utilizar cartões virtuais.

Esta tecnologia permite que estes códigos de segurança sejam alterados aleatoriamente sempre que uma compra online é feita, camuflando a informação impressa nos cartões físicos.

CVV aleatórios

Como proteger o teu código CVV de vigaristas

Infelizmente, o código CVV (CVV2) não consegue prevenir todas as formas de roubo de identidade e de fraude.

No entanto, existem outras estratégias que podem ajudar-te a proteger a informação sensível do teu cartão, nomeadamente o CVV do cartão de crédito, contra vigaristas astutos.

Aqui estão alguns exemplos:

1. Não permitas que estranhos tenham acesso ao teu cartão.

Apesar de parecer óbvio, existem alguns casos em que os utilizadores permitiram que estranhos de “boa-fé” os ajudassem a efetuar transações nas caixas automáticas do Multibanco.

De preferência, dirige-te a uma agência bancária sempre que saibas que haverá pessoal autorizado a ajudar-te, no caso de te deparares com um problema.

2. Nunca respondas a mensagens de texto em que te peçam para submeter dados sensíveis.

O teu banco NUNCA te irá pedir para confirmar transações ou aceitar ofertas de empréstimos através de uma SMS, inserindo os detalhes do teu cartão.

Bloqueia o número de telefone e certifica-te sempre de ligar para o teu banco para confirmares que a mensagem de texto foi enviada por eles.

3. Apaga fotografias que mostrem informação do teu cartão.

Os vigaristas tornaram-se cada vez mais astuciosos. Agora, já nem precisam do código de segurança do cartão para cometer os seus crimes. 

Tem isto em mente e apaga fotografias do teu telefone que contenham informação confidencial.

4. Efetua pagamentos apenas em sites protegidos por tecnologia TLS ou SSL.

TLS (Transport Layer Security), uma versão mais atualizada de SSL (Secure Sockets Layer), utiliza certificados digitais encriptados. Com estes certificados, a informação partilhada entre duas entidades permanece segura.

Isto previne que hackers e vigaristas possam roubar informação sensível e valiosa, como, por exemplo, um código CVV.

5. Escolhe pagar com os teus cartões virtuais online sempre que possível.

Os cartões virtuais também oferecem a opção de utilizar números de cartões e de CVV aleatórios para diferentes transações.

Estes servem apenas para camuflar a informação impressa nos teus cartões físicos e garantir uma maior segurança ao pagares online.

Esperamos que consideres estas dicas sobre o código de segurança do cartão úteis.

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Duline Theogene, Author
Duline Theogene
Content Marketing Manager

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